Familiares denunciam negligência em caso de jovem com feto morto no útero há dias após acidente em Cabo Frio

Amigos e familiares de Rebeca Marinho, de 25 anos, acusam o Hospital Estadual Roberto Chabo (HERC) de Araruama de negligência. Isso porque a jovem, internada na unidade desde segunda-feira (16) após sofrer um gravíssimo acidente em Cabo Frio, onde sofreu múltiplas fraturas, encontra-se com seu bebê de sete meses morto no ventre desde então.

A ocorrência foi registrada na Avenida América Central e envolveu uma moto, um carro e um ônibus, deixando duas pessoas feridas, incluindo Rebeca. Durante o ocorrido, ela quebrou um braço, uma perna e a bacia. Por conta da gravidade no quadro, a jovem foi encaminhada ao HERC, onde permanece internada desde então.

De acordo com pessoas próximas, Rebeca precisa passar por uma cesária para retirar o feto, contudo, o procedimento cirúrgico, que seria de alto risco devido ao seu atual estado de saúde, precisaria ser acompanhado por um ortopedista.

“Só no Rio tem a estrutura que ela precisa para ser operada. O médico disse que o Hospital Regional não tem essa estrutura para poder operá-la”, disse uma amiga.

Nas redes sociais, uma grande movimentação cobrando respostas das autoridades vem ocorrendo desde esta quarta-feira (18), tendo em vista que a presença de um feto morto no útero pode causar sérias complicações de saúde para Receca, principalmente se o corpo não expelir o bebê de forma natural.

Uma das principais preocupações é o risco de infecção grave, que pode evoluir para uma condição chamada sepse, infecção generalizada no corpo que é potencialmente fatal se não tratada a tempo.

No caso de uma mulher com fratura na bacia, o manejo da situação é ainda mais delicado, pois a fratura limita a capacidade de realizar determinados procedimentos cirúrgicos, como uma cesariana de emergência, em um ambiente inadequado ou sem os recursos hospitalares apropriados. A remoção do feto em um hospital com infraestrutura adequada é essencial para minimizar os riscos tanto da infecção quanto de complicações associadas à fratura.

Diante dos fatos, o Portal RC24h entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, questionando sobre o que será feito neste caso, e aguarda retorno.

 

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