Petrobras tem lucro de R$ 23,7 bilhões no 1° trimestre, queda de 38%

Petrobras registrou lucro líquido de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre, queda de 37,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou a companhia nesta segunda-feira (13). Na comparação com o quarto trimestre, o recuo foi de 23,7%.

Com o resultado, a Petrobras aprovou o pagamento de R$ 13,45 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio.

Segundo a petroleira, a queda no lucro foi influenciada, entre outros pontos, pela desvalorização do real frente ao dólar e pelo volume menor de vendas de óleo e derivados.

“Quando ocorre a desvalorização cambial, há flutuação no demonstrativo financeiro pela variação do câmbio que reconhecemos por regra contábil. Contudo, isso não afeta o caixa da companhia”, afirmou o diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Sergio Leite.

Diante do cenário, o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado totalizou R$ 60,04 bilhões entre janeiro e março, um recuo de 17,2% frente ao mesmo período de 2023.

Segundo a empresa, os efeitos tanto da desvalorização cambial quanto da baixa nas vendas foram parcialmente compensados pela redução das despesas operacionais e pelo imposto de renda apurado.

Desconsiderando os itens não-recorrentes, o lucro líquido seria semelhante, de R$ 23,9 bilhões, montante abaixo do esperado por analistas, que previam um lucro líquido recorrente de R$ 30,2 bilhões, em média, conforme pesquisa da LSEG.

A receita de vendas da petroleira somou R$ 117,72 bilhões no trimestre, queda de 15,4% na comparação anual.

A empresa havia reportado no mês passado que sua produção de petróleo no Brasil subiu 4,4% entre janeiro e março ante igual período do ano passado, principalmente devido ao avanço operacional de quatro plataformas que entraram em operação ao longo de 2023.

Petrobras produziu uma média de 2,236 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no país no primeiro trimestre, versus 2,141 milhões de bpd nos mesmos três meses de 2023, informou a empresa em seu relatório de produção e vendas.

A companhia encerrou o primeiro trimestre com uma dívida bruta de cerca de US$ 61,8 bilhões, uma queda de 1,2% em comparação com o fechamento de 2023 e dentro do intervalo de referência entre US$ 50 bilhões e US$ 65 bilhões.

Dividendos

Com o resultado do primeiro trimestre, a empresa também informou que seu Conselho Administrativo aprovou o pagamento de R$ 13,45 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio.

O valor é equivalente a R$ 1,04161205 por ação ordinária e preferencial em circulação. Os recursos serão pagos em duas parcelas, divididas da seguinte forma.

  • a primeira, no valor de R$ 0,52080603 por ação ordinária e preferencial em circulação, em 20 de agosto de 2024, sob a forma de juros sobre capital próprio;
  • a segunda, no valor de R$ 0,52080602 por ação ordinária e preferencial em circulação, em 20 de setembro de 2024, sendo R$ 0,44736651 sob a forma de dividendos e R$ 0,07343951 sob a forma de juros sobre capital próprio.

Segundo a petroleira, o pagamento é uma antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2024.

G1