Menina de 2 anos é enterrada em Cabo Frio e polícia segue investigando a morte

Na manhã desta quarta-feira (31), foi enterrada no cemitério do bairro Jardim Esperança, em Cabo Frio, a menina de 2 anos e 11 meses, cuja morte está sendo investigada pela Polícia Civil.
Inicialmente a suspeita, seguindo o atendimento médico, era de violência sexual, mas o caso tomou um novo rumo nesta terça-feira (30), quando o delegado Alessandro Gabri informou que o “perito legista, durante a necropsia, não encontrou qualquer vestígio que indicasse crime sexual ou outra forma de violência”.
Ele explicou também que “não havia lesões na genitália, períneo ou região anal e que no exame interno do cadáver (…), o que afasta a princípio a suspeita de morte violenta que teria sido levantada pela médica que atendeu a vítima no hospital”. Gabri pontuou, ainda, que “dos termos de declaração do pai e irmão que cuidava da menina no momento em que ela foi levada ao hospital, não se extraiu evidência de crime sexual ou outra violência”.
Conforme depoimento dos familiares, a menina começou a passar mal em casa dias depois de receber cinco vacinas simultaneamente. A família afirmou que a menina chegou com vida ao hospital, em contraste com a informação da Prefeitura de que ela teria chegado sem vida, com suspeita de violência sexual.
O advogado da família, Jefferson de Souza Costa, relatou que a menina teve reações adversas após as vacinas, como febre, inchaço e tremores. No dia 29, após o almoço, a menina começou a passar mal e desmaiou. O irmão a levou para a casa da avó e, com a ajuda do pai, a transportaram de moto para o hospital. Durante o trajeto, o irmão tentou reanimá-la com massagem cardíaca e respiração boca a boca.

Com isso, a causa da morte, segundo a Polícia Civil, ainda é desconhecida. Exames adicionais estão sendo realizados com o material coletado do corpo da menina, que será enviado ao Rio de Janeiro para análise. O resultado desses exames é esperado em dez dias. As investigações continuam.

Em nota, a Prefeitura de Cabo Frio afirmou que a investigação está sob a responsabilidade da Polícia Civil e que fornecerá mais informações após os laudos do IML e exames complementares. A Prefeitura manteve o posicionamento inicial de que a criança chegou ao hospital em estado de óbito, com suspeita de violência sexual, baseando-se no atendimento hospitalar antes dos exames da Polícia Civil.

O Dia